No Rastro da Incoerência

O texto a seguir, escrito por Rafael Braga, foi publicado no jornal Agência Tribuna, de Porto Claro, na edição do dia 02 de julho. É publicado aqui com autorização do autor

O arcabouço da matriz pseudo-ideológica que tenta – em vão – sustentar a legitimidade da PCF (Porto Claro Fake) é a mesma velha e elefantesca máquina de propaganda que sustenta o mito da “potência” reuniana há anos. Fora recentes (e decepcionantes) surpresas, sabemos perfeitamente quem são os responsáveis e conhecemos todos os micronacionalistas (ou semi-micronacionalistas) que, há mais de uma década, trabalham sem cessar e novamente voltam as baterias contra a República de Porto Claro.

Continue lendo »

Anúncios

Um erro não justifica outro

Este blog não esconde sua posição sobre o “Evento PCO”. Inclusive, adiantamos que o assunto será discutido novamente em breve, com nossa opinião sobre alguns (maus) argumentos utilizados por alguns (bons) micronacionalistas, em defesa da micronação-paple.

Porém, PCO ser um estrupício não transforma Porto Claro, obrigatoriamente, na “micronação dos sonhos”.

Hoje, a Labareda Twitter (link ali no blogroll) comparou a República de Porto Claro com o Irã macronacional, já que a lista do país foi fechada a jornalistas de Reunião e Pasárgada. A LT foi citada, sem crédito, pelo “PCO On Line”, outro twitter micronacional que também destacou essa censura portoclarense.

Aliás, pequeno parêntese: se Porto Claro não reconhece Reunião como uma micronação, isso não me torna um apátrida, para as leis portoclarenses? Fecha parêntese.

Apátrida ou não, este blog foi expulso semana passada de PC e teve seu pedido de retorno negado. Noticiar o cotidiano do país se torna ainda mais difícil quando a única fonte de informações é a agência oficial ANN. Depois de quase 3 semanas em silêncio, hoje a ANN foi atualizada.

O teor das mensagens mostra que Porto Claro está mais preocupada com PCO do que demonstra nas “simpáticas” manifestações de seus cidadãos na lista Imprensa Livre: das 15 notas curtas colocas no site hoje, 9 falam do “ataque” de Reunião ao país.

Um portoclarense ouvido pelo Lusophonia afirmou que há várias mensagens na lista do país comentando o temor de que PCO consiga se afirmar como a Porto Claro verdadeira, ficando a República como o país de mentirosos. Tal receio viria do fato de PCO estar com mais atividade e divulgação do que a própria lista portoclarense.

Outro ponto negativo para Porto Claro veio da declaração do Chanceler de Pasárgada, André Cyranka, que acusou o país de receber informações confidenciais da lista da chancelaria. Cyranka não revelou quem seria a fonte de PC dentro da lista pasárgada, preferindo ter mais provas do fato.

Não houve comentários do Governo de Porto Claro sobre a acusação de Cyranka, até o momento.

Mesmo que tal espionagem seja verdadeira, a lógica anterior continua valendo: os estrupícios de Porto Claro não tornam PCO uma micronação real.

Artigo publicado

Tem texto novo na seção de artigos do blog: “Que entrem os palhaços“, minha primeira contribuição à seção, é uma releitura de antigos conceitos e definições do micronacionalismo.

Publicado em opinião. Tags: . Leave a Comment »

Repercussões

Porto Claro Ocidental, a “micronação paple” desenvolvida nos laboratórios imperiais em St. Denis, rendeu manifestações em vários locais e países no dia de ontem.

Até a lista Imprensa Livre teve bastante movimento, conseguindo superar os spams de produtos eróticos, algo que não acontecia há tempos. Por lá desfilaram cidadãos pasárgados, reuniãos, portoclarenses e outros menos cotados. O assunto “Porto Claro fake” rendeu variações diversas.

Dentre elas, a irrascível atitudade portoclarense (a verdadeira) em relação à Chancelaria Pasárgada, com a vice-chanceler sendo chamada de “vulgar” e “burra como uma porta” por alguém que, bem, dificilmente se comunica em público em outro nível.

Porto Claro ainda questionou a (aparentemente sincera) neutralidade do Governo Virtual, micronação que até pouco tempo negociava um tratado de dupla cidadania com a república sul americana: o embaixador portoclarense foi convocado a retornar ao país.

Vê-se uma tendência de Porto Claro de isolar-se ainda mais, presa em sua própria desmedida (e descabida) arrogância e altivez. Optaram por rebater a atitude do Imperador com agressividade e não diálogo com as demais lusófonas.

Agora pouco o Premiê de Pasárgada, José Luiz Borrás, se manifestou sobre o assunto, se colocando expressamente contra a atitude do Imperador reunião e declarando reconhecer a existência apenas da República de Porto Claro. Porém, como a chancelaria pasárgada não é subordinada ao Chefe de Governo, esta posição é apenas do próprio Borrás e não a do país.

Se Pasárgada ainda está  oficialmente neutra, outras já definiram seu lado. A minúscula Ortence se sentiu honrada apenas por ter sido lembrada por Reunião e convidada a “conhecer” PCP (Porto Claro Paple). Já St Martin se posicionou expressamente: “pode se criar mil listas de Porto Claro, pode se comprar domínios mas não se pode obrigar o povo a aceitar essas condições impostas”, disse o Chanceler martinense, Felipe Chapchap.

Por aqui, neste blog, ficamos com as palavras do reunião Ricardo Cochrane:

“Somos contra anexações sem sentido só para que um falso sentimendo de vitória se instale em Reunião. Queremos que as conquistas sejam reais e as derrotas dolorosas. Queremos um micronacionalismo com menos hegemonia e mais disputas verdadeiras…estamos aqui para manter aceso o espírito de empreendedorismo e liberdade micronacional. Estamos aqui pela Lusofonia”.

Pode se criar mil listas de Porto Claro, pode se comprar domínios mas não se pode obrigar o povo a aceitar essas condições impostas.

Uma frase para este dia

“O que o Cláudio fez foi ‘avançar’ Reunião para um novo estágio, onde não importa a realidade, e com isso danificou um dos fundamentos do modelismo, que é o de produzir projetos minimamente críveis. Para os cidadãos ‘tio patinhas’, Reunião é uma potência. Para quem não é dessa geração, Reunião praticamente se mudou para Marte ou coisa parecida”.

Vicente de Córdova, Açores, sobre a “nova” Porto Claro

É oficial

Depois que noticiamos aqui o vazamento de um sítio sobre uma “nova” Porto Claro, dominada por Reunião, o Imperador Claudio antecipou o que estava previsto para acontecer só no mês que vem: pôs a página do seu “Protetorado” definitivamente no ar.

A página inicial é belissima. Mas de uma beleza assustadora, pelo que significa. Depois de insistir com o “Protetorado de Açores”, que se tornou uma lista sem sentido, sem alma e sem vida, o Imperador agora cria uma nova micronação ilusória, sem povo, sem história e ofensiva às demais lusófonas.

Reunião, como micronação complexa que é, formada de dezenas de cidadãos ativos, não precisa de algo assim para ter atividade. Cláudio de Castro tampouco precisa disso em seu currículo micronacional.

Este blog está de luto. Pela morte do bom senso.

A difícil tarefa de ser relevante

Como previsto, a eleição para Premier em Reunião acabou com vitória de Flavio Miranda (PSD), que recebeu onze dos doze votos possíveis. Um Qualícato não votou. Luciano Trindade (UNIDA), o outro concorrente, terminou sem votos, portanto.

Miranda terá uma tarefa ingrata pela frente.Apesar de ser o Chefe de Governo em Reunião, o Premier poucas vezes tem a importância e a influência que deveria. E nem sempre por culpa do ocupante do cargo.

Historicamente apenas se espera de um Premier que faça um trabalho comezinho, relacionado ao cotidiano do país. Poucos foram os ocupantes do Magistral com peso político para influenciar questões maiores, como propor uma emenda constitucional em uma matéria controversa e conseguir aprová-la, sem veto do Moderador.

Porém, como mesmo esse “feijão-com-arroz” deixou de ser feito nas últimas semanas, Miranda não poderá sequer pensar em voos maiores antes de arrumar a casa. Imigração e Integração, principalmente. O Imperador já anunciou que um novo anúncio sobre Reunião será publicado em uma revista brasileira, o que significa mais duas ou três centenas de formulários vindo por aí.

É então a tarefa maior desse governo que se inicia esta semana receber e dar um rumo a tais novatos, para que não aconteça o mesmo que se viu no mês passado, quando poucos, pouquíssimos novos cidadãos tiveram algum destaque e se tornaram efetivamente participativos.

Conseguindo isso, Flavio Miranda poderá influenciar significativamente qualquer outro aspecto politico reunião, ocupando um espaço no cenário do país que está sendo usado tão somente pelo Imperador, por falta de outros que possam ao menos disputar um lugar ao sol.

O povo e a democracia reuniãs sairiam ganhando.