Entrevista: Lúcio Costa Wright

O Lusophonia inaugura sua página de entrevistas com um micronacionalista de primeira linha, Lúcio Costa Wright, da República de Orange.

A entrevista seria sobre a nascente Comunidade Pasárgada de Nações, sobre diplomacia lusófona e sobre monarquia, mas a de Orange. Porém, um comentário de Lúcio mudou o “rumo da prosa”. Clique aqui embaixo para continuar lendo!

Lusophonia: Considerando que Orange estava inativa até pouco tempo, como você avalia a criação da CPN para proteger e resguardar o patrimônio histórico-cultural de uma micronação paralisada ou extinta?

Lucio Costa Wright: Essa resposta pode ser muito bem respondida pela mais nova edição do DOC onde eles anunciam um livro com a “verdadeira” história. Para se contar e preservar história, tem que se conhecê-la

LPH: Então você não considera que os representantes de Marajó e Andorra sejam legítimos para contar e guardar a história de suas micronações?

LCW: Andorra não posso dizer nada, afinal seus ex-cidadãos estão em Pasárgada, ao menos os que restam. Quanto a Avalon, é piada. A Marisa está inativa faz pelo menos um ano. Preservar a história de Avalon é saber contar a história de Econia, quem sabe isso hoje em dia?

Já de Marajó tem quem lá, somente o Bruno Crasneck? E ele não é o legítimo herdeiro do trono marajoara.

LPH: Como assim Crasnek não é o legítimo herdeiro do trono marajoara? Por qual razão ele não teria legimitidade para ser o herdeiro?

LCW: Quando o Principe Pablo Castañeda renunciou ao trono e saiu de Marajó a chefia da casa passou para a Juanita, sua irmã.

Em Marajó ela casou-se duas vezes, a primeira vez em 12 de outubro de 1999 comigo, posteriormente nos divorciamos para que eu casasse com a Adriana Moura, então em Porto Claro

O segundo casamento dela, ainda em Marajó, foi com o Daniel Franulovic, presidente de Avalon no começo de 2000.

A Juanita casou-se em terceiras núpcias com o Zeni em Açores. Quando ela saiu de Marajó em 10/10, na carta dela ela diz que a Juanita fica em Marajó e que Vera Brito ia para Açores. Ou seja, quando ela se retira de Marajó, ela renuncia a sua cidadania e passa a ser uma açoriana, com outro nome, inclusive.

Enquanto estavamos casados nós adotamos o Ricardo Cochrane, ex-reunião, que pela lógica da árvore genealógica enviada pelo Bruno Crasneck seria tio dele, e primeiro na linha de sucessão. Conversando com o Imperador de Reunião no domingo, chegamos a uma interessante questão… Poderia uma Casa Real nascer inteiramente no exílio?

LPH: Então Ricardo Cochrane, hoje oranger, é o primeiro na linha sucessória de Marajó?

LCW: Se houvesse efetivamente uma, sim, seria, ele seria tio do atual autoproclamado monarca, que na realidade seria o terceiro na linha de sucessão. Agora, como Pasárgada pode querer honrar a história das micronações que fazem parte de sua comunicade se não sabe a história delas?

LPH: As pretensões de Crasnek de falar em nome da Coroa, do povo e da tradição marajoaras seriam ilegítimas, diante dessa explicação. Mas como averiguar não só a veracidade mas a contemporaneidade dessa adoção? Há alguma prova material?

LCW: A lista micronacional não existe mais, infelizmente, mas existem jornais, inclusive que cobriram o nosso casamento, a tribuna de Marajó é uma delas. O casamento foi celebrado pela Juiz Estela Chaves, que era de Reunião na época. Existe uma foto desse casamento, ou melhor, minha, no dia do casamento, no site de Reunião. Quanto ao Rick, o documento foi sacramentado no dia do casamento.

LPH: Esses são dados importantes. Mas Cochrane tem interesse em reinvindicar o direito à sucessão marajoara para si?

LCW: Bom, isso seria uma coisa que teria que ser perguntada para ele, mas creio que se fosse o desejo do povo marajoara, ele é um dos micronacionalistas mais antigos e mais experientes hoje em dia, e mais jovem também. Porém, será que ainda existe algum povo marajoara?

LPH: Então ainda não houve nenhum contato formal com Crasnek, sobre o assunto?

LCW: Não, nenhum contato. Até por que a situação pegou todos de surpresa. Ele já havia me contado que pretendia reerguer Marajó, que historicamente sempre foi ligada a Orange, tanto que diversos marajoaras imigraram para cá depois de sairem de Marajó, como Jorge Apache, Ricardo Barros, entre outros.

LPH: Diante disso, não seria interessante que a situação fosse melhor discutida, ou ao menos levada ao conhecimento do parlamento pasárgado, que está justamente debatendo a CPN?

LCW: O debate está ocorrendo a revelia das micronações, soube que a Chancelaria de Pasargada irá designar alguém para falar em nome de Avalon, que nem cidadão ativo mais tem. Isso não é coisa de micronação séria. Sinceramente não consigo compreender uma comunidade feita de bandeiras e fantasmas. Se a tentativa é imitar Reunião, eles estão indo pelo caminho errado.

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Publicado em opinião. Tags: . 4 Comments »

4 Respostas to “Entrevista: Lúcio Costa Wright”

  1. Bruno Cava Says:

    Paulo Rezzutti, aka Lucio Costa Wright, paga o vexame de destilar invejinhas em público, só por que recebeu um NÃO como resposta de Bruno Crasnek, ante ao pedido de fazer Marajó um Protetorado de Orange.

    Um micronacionalista que não consegue fazer a sua micronação sair da escuridão e do silêncio da inatividade e, que, por isso, a tanto incomoda a prosperidade e o desenvolvimento dos outros.

    É pra rir.

  2. Lúcio Costa Wright Says:

    O Sr. Bruno Cava é rasteiro em seu julgamento ao tentar disfarçar a realidade para justificar o que lhe interessa.

    Realmente eu, em particular, propus algo, diante do terrivel quadro pintado, a mais de um mês atrás, muito antes de saber de qualquer idéia de Pasárgada criar uma comunidade e sem saber que estava sendo “passado na conversa”:

    – Que Reunião não tinha comprado nada o marajo.org.
    – Que o Cláudio não estava injetando R$ 40.000,00 mensalmente na lusofonia.
    – Que era mentira que Pasárgada apoiava a tentativa torpe de propor uma votação na Loss para sacramentar a inatividade de Orange e Marajó.

    Segundo palavras do próprio Crasneck em 23 de junho: “Estou entre a cruz e espada: ou Reunião engole, ou reativa Marajó, ou o custo do apoio de Pasárgada pelo reconhecimento da legitimidade da Casa Real Marajoara na LoSS é transformar a Ilha em Estado-Cliente”.

    Isso é terrorismo micronacional, ou a tentativa desesperada de um usurpador em justificar o seu ato?

    Lúcio

  3. Bruno Cava Says:

    Lucio Costa Wright, aka, Paulo Rezzutti é um homem de contradições.

    Fundou, organizou, idealizou e promoveu a “micronação”-paple-fake de Seychelles, um fiasco do início ao fim, um vexame, e agora acusa PCO — que de paple, fake tem nada — da mesma coisa.

    Tentou desesperadamente anexar Marajó à Orange (!?) e, nada tendo colhido, agora acusa Pasárgada de “anexar” imperialisticamente Marajó — por inveja.

    É que o Crasnek só seria reconhecido o micronacionalista com direito ao patrimônio cultural de Marajó se o mesmo Crasnek entregasse de mão beijada ao Lucio, ao invés de tornar-se uma nação associada à CPN, com todos os direitos.

    Agora, o Crasnek virou usurpador, PAS o império do mal e o Ricardo, bem, esse saiu da cartola da inoperância.

    Uma comédia dos erros 🙂

  4. Lúcio Costa Wright Says:

    Como podemos ver em mais essa lição do micropatriologista brasileiro, Bruno Cava, discussões não devem ser respondidads no furor do momento. Recomenda-se que se algo lhe atinge não responda rapidamente, saia, tome um ar, e depois volte, caso contrário, você poderá passar por ridículo ao desqualificar seu interlocutor. Bobo e feio poderão ser as próximas palavras.

    Como podemos perceber, nada do que foi quesitonado, mais uma vez, foi respondido. Então, sugiro a quem está lendo essa discussão, que procure pessoalmente o Imperador de Reunião, Cláudio de Castro, via msn (imperador@reuniao.org), e, caso tenha ouvido ou terem sido achacados por gente que disse que sua micronação iria ser devorada, pois ele comprou o domínio, ou que estaria injetando R$ 40.000,00 por mês na lusofonia, por favor, faça como eu fiz, entre em contato e esclareçam. Assim, fácil, não deixem se seduzir por meias verdades, ou meias histórias, como alguns.

    Se a questão principal é que sou um velho micronacionalista decrépito só a procura de Ibope, o caso é simples, pare de dá-lo. A não ser que o que esteja sendo dito aqui esteja interferindo em algo.


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