Açores faz pesquisa sobre micronacionalistas

A empresa açoriana IMOPE, de pesquisa e estatística, divulgou ontem resultados sobre o perfil do micronacionalista lusófono e sua opinião sobre seu meio, após entrevistar 38 pessoas, que responderam um questionário entre os dias 06 e 19 deste mês.

Cidadãos de nada menos que 15 países diferentes participaram, sendo que cerca de 1/4 deles eram de Reunião. Os entrevistados informaram sua idade, tempo de micronacionalismo, opinião sobre a lusofonia, sobre as relações entre países e o futuro do micronacionalismo.

As respostas não surpreendem quem já havia parado para analisar a lusofonia deste final de década. Há um envelhecimento da população em geral, indicada pelo tempo de micronacionalismo e idade dos participantes. Há também uma percepção geral de piora do nível dos países, das relações externas e da união entre os micronacionalistas.

Ainda que os resultados não possuam base científica, a pesquisa do IMOPE mostra um cenário que merece análise e reflexão. Essa percepção de que nada irá mudar e há uma enorme desunião é, em boa parte, fruto da postura de Reunião, da política de medo e imposição iniciada com Açores e PCO.

Quanto a falta de renovação, temos uma oportunidade excelente de melhorar esse quadro, com todos os novatos ainda no país, a maioria ainda mal aproveitada. Reunião consegue sair do quadro geral, nesse ponto, mesmo sem se valer de todo potencial conseguido com as propagandas macro recentes.

Os resultados da pesquisa estão disponíveis no site do IMOPE.

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Açores comemorando aniversário

O Reino Unido de Açores comemora hoje seu décimo primeiro aniversário (é o que dizem os açorianos, mas pela conta do blog, seriam apenas 10 anos). Alguns países, como St. Martin, parabenizaram o Rei Campodonio e seus súditos em mensagens pelas listas intermicronacionais.

Sem dúvida é um aniversário diferente para o país, que há pouco tempo encerrou de maneira controversa um tratado de união com Reunião. Na verdade, para o Imperador Claudio e boa parte dos seus súditos, Açores ainda é parte do Imperio, como um Protetorado.

Mas não é por acaso que o aniversário do país só tenha sido comemorado no Reino Unido independente e não no país sob o controle de St. Denis. Na lista açoriana Telegrapho Real 4 há diversas mensagens de parabéns. Já na lista similar do protetorado sequer mensagens tivemos hoje. Sobre qualquer assunto.

Um dos “presentes” que Açores recebeu foi o reconhecimento por parte de Porto Claro de sua soberania reconquistada, conforme mensagem do ChancelerAndré Szytko, divulgada também hoje. O governo portoclarense hesitou em dar aos açorianos o status de micronação soberana, em razão do acordo firmado com Reunião e rompido unilateralmente no fim do mês passado.

Agora, o apoio de Açores a Porto Claro no “evento PCO”, parece ter reaproximado os dois países.

Sendo este o 10º ou o 11º, o Lusophonia parabeniza os açorianos, povo que admiramos e respeitamos há tempos por praticarem e acreditarem em um micronacionalismo sério e verdadeiro.

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E lá se vai Açores…

…ou não, como preferem alguns. Como já se sabe, no início da madrugada de hoje um grupo de onze pessoas assinou uma carta, onde era declarado o fim da união entre as micronações de Açores e Reunião e a restauração da independência açoriana.

O Ato de União, assinado há menos de 40 dias, transformara o então Reino Unido de Açores em um protetorado de Reunião. Na carta enviada pelos açorianos, foram alegadas irregularidades que tirariam a legimitidade desse ato, sendo questionado até se D. Giancarlo I era de fato e de direito o Soberano de Açores na ocasião.

Mais do que questionar os argumentos expostos para justificar tal carta ou mesmo analisar se cabia a esse grupo decidir pelo destino de Açores, o que realmente deveria ser pensado é como encarar a atitudade tomada.

O grupo de cidadãos não representa a totalidade de Açores, é verdade. Mas eles são o “núcleo duro” do país. Carregam com eles, nessa saída de Reunião, a cultura, as tradições e a história de sua micronação. Levam consigo, pois, o jeito açoriano de ver e exercer o micronacionalismo. Representam, assim, justamente aquilo que Reunião buscava ao realizar a União.

Sem eles, Açores se torna uma casca vazia. Mesmo se a lista oficial, o sítio nacional ou qualquer outra coisa do gênero continuem sob o controle de St. Dennis, a essência açoriana deixou Reunião nesta madrugada.

Então, manter Açores como protetorado, com outros governantes e sem tais cidadãos, significará obrigar os rebeldes (ou patriotas, dependendo do ponto de vista) a criar uma “nova” micronação. Possivelmente com apoio unânime do restante da comunidade lusófona – aliás, St. Martin já reconheceu a indepedência açoriana.

E aí se terá, por algum tempo, alguns espasmos de atividade lusófona. Os açorianos recomeçarão com novo ânimo seu projeto para o país, o que de certa forma poderá até contagiar outros cidadãos e até países hoje dormentes.

E será esquecido por Reunião e Açores algo que, desde já, deveria ser o grande assunto em debate: qual o motivo de uma união aparentemente bem-sucedida ter sido, na verdade, um grande fracasso?

Quem errou? Açores, ao aceitar a União e recusá-la em tão pouco tempo? Reunião, pela forma como conduziu (ou deixou de conduzir) a integração entre os povos e os dois países?

Talvez a resposta incomode tanto ambos os lados que isso explique a opção por “brincar de guerra”.