Atropelamento e fuga

Pietro de Dominicis, micronacionalista outrora conhecido como Rodini, resolveu há algumas semanas formar um novo partido, o PCR – Partido Conservador Reunião.

Ao esbarrar nas exigências da legislação eleitoral e ter seu pedido arquivado, Pietro resolveu abandonar seu lado conservador e se tornar membro da esquerda de Reunião. Pediu, inicialmente, filiação ao PacSo, sem sucesso. De imediato buscou o Microsoc, também não sendo admitido.

Inconsolado, se aproveitou de seu cargo de Capitão de Le Port (uma das divisões administrativas de Reunião), para “dar o troco” no último domingo: declarou estado de sítio na Capitania, determinando que todos os filiados do PacSo e do Microsoc passassem a ser “persona non grata”. Vetou ainda qualquer manifestação de conteúdo esquerdista em Le Port e o confisco de prédios e bens possuídos em nome dos dois partidos.

Virtualismos à parte, Pietro quis impedir o livre trânsito de cidadãos por Reunião, ao pretender impedir a permanência de membros dos dois partidos na Capitania de Le Port. E, mais grave: usou de seu cargo para tentar uma vingança pessoal contra a esquerda de Reunião.

Como bem colocou o Conselheiro Imperial Bruno Sogdu, o Decreto de Pietro, “de tão trágico e infantil, é cômico”.

O Decreto foi imediatamente alvo de uma ação judicial por inconstitucionalidade, já julgada e com sentença publicada na manhã de hoje no Chandon. O resultado não poderia ser outro: O Desembargador Luiz Azambuja considerou o Decreto ilegal e o revogou.

E não foi só. Pietro foi ainda denunciado pelo Procurador Geral Tomas Muller por abuso de poder, crime previsto no art. 36 do Código Penal de Reunião, com pena de suspensão e afastamento do cargo público ocupado.

Fugindo da Justiça, Pietro informou na madrugada de hoje que renunciava ao seu cargo e que pretendia passar a residir em “Porto Claro” – ou seja, PCO. Cabe ao governo de Felipe Aron decidir agora se aceita o denunciado em fuga.

ATUALIZAÇÃO – 14H55

Pietro acabou indo para o Reino da França, conforme anunciou em mensagem enviada para o Chandon agora pouco. Sorte de PCO.

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Uma resposta to “Atropelamento e fuga”

  1. Pietro De Dominicis Says:

    Há algumas inverdades no texto.

    1) Em nenhum momento houve a intenção de cercear o direito dos cidadãos em circular por Le Port.

    2) Não foi uma tentativa de vingança pessoal contra ninguém.

    3) A intenção era apenas a de criar polêmica, e por distração, acabei me esquecendo de consultar a constituição para ver se poderia ou não fazer aquilo.

    4) O texto de Filipe Oliveira, é extremamente tendencioso, o que não cabe a um órgão de imprensa, tendo em vista, principalmente, o princípio (vale aqui a redundância) da isenção.

    5) Minhas atitudes em Le Port foram Virtualismos exagerados, sob os quais jamais achei que iriam chegar ao ponto em que chegaram.

    6) Estou preparando um pedido oficial de Desculpas ao Imperador e ao povo de Reunião, inclusivamente, os membros dos partidos PacSo e Microsoc.

    Pietro Ernesto Alberto Vittorio Califani De Dominicis
    No Exílio, em França.


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