Inglória Ordenação I

Gostaria de ter (re)começado este blog de forma mais alvissareira e otimista, mas não vai ser possível, pois não se poderia deixar de comentar um lamentável episódio ocorrido na última sexta-feira, no Chandon.

Lamentável, ressalta-se, mais pelo que ele representa do que pelo fato em si. Estou falando da anulação do resultado da votação ocorrida na Assembléia Popular de Qualícatos – APQ.

Lamentável, insiste-se, pela questão ter sido solucionada por meio de uma OGI, uma Ordenação Gloriosa Interventiva.

Uma OGI, como o nome indica, é uma intervenção, uma intromissão do Poder Moderador em outro dos Poderes que compõem Reunião. É uma demonstração de força. É um verdadeiro Deus ex Machina micronacional. Ainda que algumas vezes elas sejam necessárias, nem por isso são mais belas.

Uma OGI significa que Reunião buscou um atalho para resolver um problema. Optou pela solução mais rápida, não pela melhor. Pensou a curto prazo, ao invés de vislumbrar nosso caminho mais à frente. Quando o Moderador se intromete, dá o recado que não confia, ou não teve paciência de esperar, que os meios ordinários pudessem ser acionados e agissem.

Voltando ao nosso problema da semana passada…

A votação ocorrida na APQ foi do plano de governo do Premier Lucas De Simone. Trata-se de procedimento habitual há alguns anos, no começo de cada novo mandato. O Diretor-Presidente da APQ, Alexandre Carvalho, então convocou os Qualícatos, em uma mensagem do dia 14 de maio, onde colocava claramente que: 1. o plano seria discutido entre o dia 14 e o dia 17; 2. a votação ocorreria entre zero hora do dia 18 e 23h59 do dia 19. Exatas quarenta e oito horas.

No fim da votação, 11 dos 12 Qualícatos haviam votado e o resultado, ainda que favorável, não era suficiente: por um voto o plano de governo não fora aprovado. Carvalho divulgou o “placar” e comunicou ao Moderador que, ao menos em tese, Reunião não tinha mais Premier.

A notícia demorou a ressoar. Apenas quando o Imperador respondeu a Carvalho, a letargia reuniã se encerra e começam as reações ao resultado da votação. A resposta de SSMI ao Diretor da APQ foi, digamos, sui generis. Dando o título de “cronograma eleitoral – resposta à Assembléia Popular”, estabelece calendário para a escolha de um novo Premier, determinando que De Simone ficasse no cargo até a escolha do sucessor.

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