Inimigo interno

Hoje em Reunião, na Assembléia Popular de Qualícatos, o parlamentar Pietro de Dominicis apresentou duas moções, pedindo a destituição do Diretor-Presidente Alexandre Carvalho e do Premier Flávio Miranda.

As moções já mereceriam destaque, apenas pela intenção de ceifar da vida política o chefe de governo e seu sucessor imeditato, ao mesmo tempo. Mas se tornam ainda mais impressionantes quando se lembra o partido do Premier e do Diretor da APQ é o mesmo do Qualícato Pietro: o PSD.

Com isso, fica confirmado o que alguns boatos já anunciavam há tempos: há um enorme racha no partido do Premier, que seria causado em razão de alguns membros discordarem da aproximação de Flávio Miranda da esquerda reuniã. Como foi inclusive dito hoje no Plenário da APQ, as moções de Pietro seriam motivadas pela nomeação de Carlos Clubin, do Microsoc, como Ministro da Casa Civil.

O Qualícato de Dominicis nega mas admite que se ofereceu para o cargo, antes do Premier escolher Clubin.

Porém, a justificativa para as moções vem de longe: trata-se da antiga acusação de que o Premier Miranda havia feito um acordo para ser eleito, no qual o cargo de DP seria entregue ao PIGD em troca dos votos. Difícil achar que isso ainda irá impressionar alguém a ponto das moções sequer serem levadas a sério.

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Seiscentos e sessenta e seis. Era o número de pessosa inscritas no Chandon hoje à tarde. Depois de passar as últimas semans próxima dos seiscentos inscritos, esta semana a lista nacional de Reunião voltou a receber um grande número de novatos.

E o motivo é o mesmo que proporcionou o recente boom: uma propaganda paga em uma revista brasileira. A escolhida da vez foi a edição especial da Superinteressante, chamada de Uma Breve História das Civilizações. Na última capa, a “nossa civilização” está em destaque.

Trata-se do mesmo anúncio usado anteriormente, com a bela imagem e o contestado texto (considerado fraco até por St Denis). Aliás, este blog lança aqui uma campanha para que o texto seja alterado e se torne digno do micronacionalismo lusófono, que Reunião vem representando em tais propagandas.

A quantidade de formulários não tem sido tão grande como anteriormente mas, até pelo público-alvo atingido, novatos mais preparados e mais interessados têm chegado no país. Pode ser que agora o absurdo número de inscritos na lista signifique mesmo mais atividade em todas as áreas, de maneira mais perene.

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Vida que segue

Nem só da Carambolândia Ocidental se faz o dia a dia de Reunião.

Ontem também foi dia de movimento em outros pontos do Império. No Judiciário, Bruno Sogdu pediu para deixar o cargo de Desembargador e foi substituído por Luiz Azambuja.

Azambuja, até então um dos principais nomes do PIGD e Conselheiro Imperial, assume o cargo pela segunda vez. É notoriamente um dos maiores conhecedores da legislação do Império e atuante advogado em Reunião. Azambuja também é conhecido pelas polêmicas e opiniões fortes, mas o momento calmo pelo qual o Judiciário passa pode ajudá-lo.

Também ontem a APQ recebeu o Plano de Governo do Premier Flavio Miranda. Da aprovação do plano depende a continuidade do governo de Miranda, que precisa ver confirmado o apoio que teve da coligação PIGD+ARENA na sua eleição. Caso contrário, novamente o país fica sem ocupante do Magistral.

Focando a integração de novatos e  o contato dos cidadãos com o Executivo, seu plano firme e hábil para ser aprovado caso lido pensando apenas no país e não em politicagem interna da APQ. Sua votação deve ocorrer na próxima semana.

A difícil tarefa de ser relevante

Como previsto, a eleição para Premier em Reunião acabou com vitória de Flavio Miranda (PSD), que recebeu onze dos doze votos possíveis. Um Qualícato não votou. Luciano Trindade (UNIDA), o outro concorrente, terminou sem votos, portanto.

Miranda terá uma tarefa ingrata pela frente.Apesar de ser o Chefe de Governo em Reunião, o Premier poucas vezes tem a importância e a influência que deveria. E nem sempre por culpa do ocupante do cargo.

Historicamente apenas se espera de um Premier que faça um trabalho comezinho, relacionado ao cotidiano do país. Poucos foram os ocupantes do Magistral com peso político para influenciar questões maiores, como propor uma emenda constitucional em uma matéria controversa e conseguir aprová-la, sem veto do Moderador.

Porém, como mesmo esse “feijão-com-arroz” deixou de ser feito nas últimas semanas, Miranda não poderá sequer pensar em voos maiores antes de arrumar a casa. Imigração e Integração, principalmente. O Imperador já anunciou que um novo anúncio sobre Reunião será publicado em uma revista brasileira, o que significa mais duas ou três centenas de formulários vindo por aí.

É então a tarefa maior desse governo que se inicia esta semana receber e dar um rumo a tais novatos, para que não aconteça o mesmo que se viu no mês passado, quando poucos, pouquíssimos novos cidadãos tiveram algum destaque e se tornaram efetivamente participativos.

Conseguindo isso, Flavio Miranda poderá influenciar significativamente qualquer outro aspecto politico reunião, ocupando um espaço no cenário do país que está sendo usado tão somente pelo Imperador, por falta de outros que possam ao menos disputar um lugar ao sol.

O povo e a democracia reuniãs sairiam ganhando.

De eleições e vagalumes

Durante o fim de semana, UNIDA e PSD se enfrentaram na disputa do cargo de Premier do Império. Tais partidos foram os únicos a lançarem candidatos, na última sexta-feira, respectivamente Luciano Trindade e Flávio Miranda.

Oficialmente a votação se encerrou às 23h59 de ontem mas até agora o Vice-Premier Alexandre Carvalho ainda não divulgou os resultados. Informalmente, porém, a informação é que a vitória deve ser de Flávio Miranda.

Sob nenhum aspecto uma vitória de Luciano Trindade seria ruim para Reunião. Mas sua candidatura não deixa de ter um toque de excentricidade. Não por ele, mas por ser um candidato da UNIDA.

A UNIDA foi recriada há algumas semanas, por determinação do Imperador. Foi mais uma intervenção desnecessária do Moderador no cotidiano do país. Reunião tem uma legislação excelente sobre criação de partidos que foi sumariamente ignorada nesse caso, com SSMI oferecendo o partido em praça pública ao primeiro que quisesse.

Trindade aceitou e foi candidato de um partido sem representação na APQ e sem outros filiados, o que sem dúvida enfraqueceu sua campanha.

Tivemos então uma eleição inventada, disputada pelo candidato de um partido biônico. Isso diz muito sobre o momento atual de Reunião.

Nos bastidores, o Imperador tem dito que não era contra Alexandre Carvalho assumir o cargo e tampouco é contra a existência de um Vice-Premier. Porém, acha SSMI que não seria bom termos mais um mandato tampão, com um chefe de governo que não foi eleito diretamente pela APQ, repetindo o que aconteceu com Giuseppe Gatto, que assumiu como Premier no começo do ano.

O que fez o Imperador, então, foi dizer que antes a lei foi seguida, mas agora não seria “conveniente” fazer o mesmo. O que aprendemos com isso? Que às vezes as leis em Reunião vigoram, às vezes não. Como um vagalume, nossa legislação fica acessa ou apagada, mudando de acordo com os ventos que sopram a partir de St. Denis.

E o Vice-Premier?

Enfim o Moderador se pronunciou sobre a renúncia (yaha!) de Lucas De Simone ao cargo de Premier: na noite de ontem uma Ordenação Gloriosa acatou a saída do pigdniano do cargo e estabeleceu um cronograma para eleição do novo chefe de governo, com prazo até amanhã para apresentação de candidatos.

Estaria tudo certo, se não fosse um detalhe: desde 2007 a figura do Vice-Premier foi recriada. E foi recriada por um Decreto Imperial, o principal ato normativo do Poder Moderador. Segundo o DI 89/2007, o Vice-Premier é o Diretor-Presidente da APQ e lhe cabe “a atribuição de substituir o Premier do Império em casos de renúncia ou afastamento deste”.

Temos um Diretor-Presidente, portanto temos Vice-Premier. Se há uma norma constitucional dizendo que o Vice assume na hipótese de renúncia, por qual motivo teremos eleições? Por que SSMI editou uma OG – erroneamente chamada de Extraordinária – onde ignora normas reuniãs feitas pelo próprio Moderador, ao invés de um simples Edicto, passando o Magistral para Alexandre Carvalho, o Vice-Premier?

Antes que alguém diga que SSMI agiu assim porque pode (alô, PIGD!), já adianto não ser esta a questão.

A pergunta a ser feita é por qual razão novamente o Moderador passa por cima das leis do Império, ao invés de simplesmente deixar que os demais poderes atuem e o país siga em seu curso normal.

Afinal, Reunião não está afundada numa onda de inatividade; não há nenhuma “carnificina verbal” no Chandon, o Legislativo não está com cadeiras vazias, os dois países criados a partir de costelas reuniãs reduziram a população em menos de 5%.

Não há crise. Por que o Moderador insiste em agir intervindo nos demais Poderes, desnecessariamente?

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Não irá deixar saudade

Em carta enviada nesta madrugada ao Chandon, o Premier Lucas De Simone renuncia ao cargo que ocupou por menos de 40 dias.

É o fim melancólico de um governo que, de fato, sequer começou e que precisou de uma descomunal intervenção do Moderador para prosseguir, depois da recusa inicial de seu plano de governo na APQ (leia “Inglória Ordenação”, aqui no blog).

De Simone ainda incluiu em sua despedida uma crítica aos que tentaram “desestabilizar seu governo”, o criticando pela inatividade. Faltou lembrar que sua inatividade desestabilizou Reunião, que passou as última semanas sem Premier, na prática, e sendo governado pela mão pesada do Moderador.

Apesar da renúncia do Premier, Reunião teve um dia tranquilo no Chandon, com membros do próprio PIGD reconhecendo ter sido uma decisão acertada. Talvez pelo fato do país estar acostumado a já não ter chefe de governo há algum tempo…