E lá se vai Açores…

…ou não, como preferem alguns. Como já se sabe, no início da madrugada de hoje um grupo de onze pessoas assinou uma carta, onde era declarado o fim da união entre as micronações de Açores e Reunião e a restauração da independência açoriana.

O Ato de União, assinado há menos de 40 dias, transformara o então Reino Unido de Açores em um protetorado de Reunião. Na carta enviada pelos açorianos, foram alegadas irregularidades que tirariam a legimitidade desse ato, sendo questionado até se D. Giancarlo I era de fato e de direito o Soberano de Açores na ocasião.

Mais do que questionar os argumentos expostos para justificar tal carta ou mesmo analisar se cabia a esse grupo decidir pelo destino de Açores, o que realmente deveria ser pensado é como encarar a atitudade tomada.

O grupo de cidadãos não representa a totalidade de Açores, é verdade. Mas eles são o “núcleo duro” do país. Carregam com eles, nessa saída de Reunião, a cultura, as tradições e a história de sua micronação. Levam consigo, pois, o jeito açoriano de ver e exercer o micronacionalismo. Representam, assim, justamente aquilo que Reunião buscava ao realizar a União.

Sem eles, Açores se torna uma casca vazia. Mesmo se a lista oficial, o sítio nacional ou qualquer outra coisa do gênero continuem sob o controle de St. Dennis, a essência açoriana deixou Reunião nesta madrugada.

Então, manter Açores como protetorado, com outros governantes e sem tais cidadãos, significará obrigar os rebeldes (ou patriotas, dependendo do ponto de vista) a criar uma “nova” micronação. Possivelmente com apoio unânime do restante da comunidade lusófona – aliás, St. Martin já reconheceu a indepedência açoriana.

E aí se terá, por algum tempo, alguns espasmos de atividade lusófona. Os açorianos recomeçarão com novo ânimo seu projeto para o país, o que de certa forma poderá até contagiar outros cidadãos e até países hoje dormentes.

E será esquecido por Reunião e Açores algo que, desde já, deveria ser o grande assunto em debate: qual o motivo de uma união aparentemente bem-sucedida ter sido, na verdade, um grande fracasso?

Quem errou? Açores, ao aceitar a União e recusá-la em tão pouco tempo? Reunião, pela forma como conduziu (ou deixou de conduzir) a integração entre os povos e os dois países?

Talvez a resposta incomode tanto ambos os lados que isso explique a opção por “brincar de guerra”.

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Belo e simples, sítio de Saint Martin já está no ar

Priorizando a funcionalidade e navegabilidade, o Principado de St. Martin coloca no ar um belíssimo website, no endereço www.philipsbourg.org. A bandeira do país, reproduzida abaixo, também se destaca:

O sítio ainda está sem os textos mas já deixa claro que a estrutura do país seguirá o tradicional esquema de “4 poderes” das monarquias lusófonas. Resta saber qual o grau de importância que o Moderador terá.

O formulário de imigração está no ar e, creio, funcional. As páginas do sítio, como as de Reunião, podem ser editadas diretamente, pelo Joomla. Já o futuro arquivo de leis ficará em formato Wiki, no link biblioteca do menu principal.

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Porto Claro discute dupla-cidadania

A micronação orkutiana República do Governo Virtual propôs a Porto Claro um tratado onde cidadãos de um dos países pudesse ser também cidadão do outro país.

A proposta de dupla-microcidadania foi bem recebida pelo governo e também pela população local, onde a ampla maioria dos que se manifestaram se mostraram favoráveis à idéia. Para o governo de PC, porém, a viabilidade do projeto passaria por criar algumas restrições aos cidadãos-duplos, como ocupar certo cargos públicos, eletivos ou não.

Historicamente rejeitada pelas micronações lusófonas, a grande questão da dupla-cidadania é qual o benefício concreto que dela se extrai.No caso de Porto Claro, fica difícil, de fato, apontar quais seriam as  vantagens. Com as restrições mencionadas por alguns portoclarensees, a atuação política (sempre grande motor de atividade) de um cidadão duplo ficaria quase anulada. E para ter participação em áreas de iniciativa privada, já existem vistos de trabalho e estudo.

Vale acompanhar o futuro dessa idéia e ver como a mais tradicional lusófona tratará a questão.

Há alguns anos a ARN publicou um artigo de Jennifer Rockwell tratando exatamente do mesmo assunto e das questões debatidas pelos portoclarenses no momento. Vale clicar e conferir.


Rum & Água de Coco

Tem lusófona nova surgindo.

O eterno inquieto Luiz Saboya deixou ontem o cargo de Vice-Rei de Mauritius, em Reunião, e zarpou rumo ao Caribe, bem acompanhado dos também agora ex-cidadãos Felipe Chapchap,Belise Arnold,Gustavo Otto e Cecília von Zeni.A trupe anunciou que irá fundar um Principado na ilha de Saint Martin.

Saboya, velho dinossauro, também fundou (e refundou) o Reino de Ludônia anteriormente. Já foi cidadão de várias outras micronações, apesar de ter ficado por mais tempo em nosso Sacro Império, em seus 12 anos de vida micronacional.

Como este blog acredita na diversidade e é contra o monopólio de idéias, parabeniza e deseja boa sorte ao novo país.