Qual o papel do Chanceler Imperial?

Antes de começar é necessário dizer que este artigo nada tem contra o atual Chanceler Reunião e nem tem intenção de atacá-lo. Wallace Rangel é um cidadão do mais alto gabarito, mas não participa das discussões em Chandon e não se tem notícia se está ativo na lista da Chancelaria.

A presente crítica é em relação ao cargo de Chanceler. Qual a sua real autoridade ou qual o seu “serviço” atualmente no que diz respeito às relações diplomáticas do Sacro Império de Reunião com as demais micronações? De quantas reuniões o atual Chanceler participou e qual foi a sua parcela de contribuição, ou de culpa, no recente acordo de união (já desfeito) com o Reino Unido dos Açores e na “invasão” de Porto Claro por tropas imperiais?

Outra questão é em relação a OML (Organização das Monarquias Lusófonas). Como se deu sua reativação e controle por parte de Reunião? Parece que tudo o que diz respeito a política externa tem um Q de obscuro.

Mas isso é muito fácil de ser respondido. Tudo e todas as determinações, independente de quem assina, são tratadas, decididas, alteradas, resolvidas e chanceladas por Claudio I. Simples assim.

É assim hoje e foi assim em 2005 ou 2006 (não me lembro) quando fui à República de Porto Claro com um tratado que iria ceder aos portoclarenses um dos domínios que pertence à Coroa Imperial (www.portoclaro.org).

Naquela época cheguei a Porto Claro junto com Filipe Oliveira, que era Lorde Protetor do Império, mas que estava Embaixador de Reunião em solo portoclarense. Fomos tratados com indiferença e muito desrespeito por eles, salvo raríssimas exceções (André Syztko, na época Presidente e Rodolfo Alvarellos, Chanceler, se não me engano).

Tudo bem que fomos oferecer algo que, em tese, deveria ser deles, mas não há como negar que os portoclarenses “comeram bola” e não renovaram o domínio, renovação feita por Claudio I para “assegurar” a posse do domínio evitando que este “caísse em mãos erradas”.

O Tratado já havia sido aprovado pelo Senado de Porto Claro, mas algumas manifestações populares, inclusive de gente que esta no poder até hoje, que acabou por atrapalhar a negociação e finalizar uma relação de anos. Como Chanceler, “guardei” em meu currículo o fato de àquela época ter rompido relações com Porto Claro, concretizando o fim de uma “longa amizade”.

Mas porque relembrar de tudo isso? Simples: Reunião não precisa de Chanceler, cargo incompatível com nossa atual política externa. Podemos até clamar aos nossos parlamentares que proponham a retirada do cargo de nossas leis, evitando assim qualquer constrangimento no futuro. Ter Chanceler só porque o nome é bonito ou porque faz parte da tabela de cargos do Governo? Talvez por isso mesmo tenhamos atualmente um inativo no cargo de Chanceler.

Penso inclusive que poderíamos exigir do Chanceler que comentasse todas as nossas novas “aquisições” ao redor do micro-mundo. Quais são as novas diretrizes da Chancelaria? Temos funcionários para tantas embaixadas e representações no estrangeiro? Como se pode chegar ao cargo de diplomata? Concurso? Escolha a dedo? Ou pega-se o primeiro que menciona que estuda RI ou coisa do tipo? Qual o tratamento para ex-chanceleres, por exemplo? Tem registro na página da Chancelaria? Quem sabia que fui eu o responsável pelo rompimento das relações naquele ano?

O que se sabe agora é que um novo nome será escolhido. Um duro trabalho para o novo-velho Lorde Protetor, pois a ele vai caber a escolha. Quem colocar em um cargo que se acredita desacreditado? Que poderes terá o novo chanceler? Qual será o posicionamento atual do novo Chanceler?

Mas a principal pergunta não é essa. A pergunta que não quer calar é “Qual o papel do Chanceler Imperial?”

Alexandre Carvalho, Ex-Chanceler, escreve esporadicamente para o Lusophonia.

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3 Respostas to “Qual o papel do Chanceler Imperial?”

  1. Rodrigo Rocha Says:

    Eu penso o contrário. Micronacionalismo se faz basicamente com cargos. Profusão de cargos é uma premissa mais importante até mesmo do que a atividade em si. Em uma micronação não há espaço para desemprego; é preciso que haja constantemente, portanto, mais cargos do que pessoas. Extingüir QUALQUER cargo, mesmo que seja de “Tratador de golfinhos do oceanário Imperial”, sempre será uma medida inócua e reducionista para o projeto micronacional.

  2. Ézio Nunes Says:

    Acredito que o cerne do artigo de Alexandre Carvalho não está na questão de uma possível “reforma” culminando com a extinção da Chancelaria reuniã. Entendo que ele queira efetivamente que se dê “razão de ser” à chancelaria. A crítica, salvo engano, está voltada para nossa atual política de relações internacionais que suplanta qualquer ação efetiva de chancelaria. Ademais, cargos sem o mínimo de perspectiva e nada, para mim são a mesma coisa.

  3. Rafael Ithzaak Says:

    É um belo artigo, embora acredite que não haverá espaço para qualquer extinção de cargo. Sei que Wallace Rangel teve sua participação nos acontecidos, mesmo que não tenha postado sobre no CHANDON. Além disso, a chancelaria conta com estrutura e vários outros membos á altura em casos de inativide.


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