A República de Porto Claro, mais antiga micronação lusófona, abriu sua lista de mensagens para não-inscritos, na última quarta-feira. Com isso, mesmo quem não é cidadão ou turistas em PC poderá acompanhar o dia a dia do país, através de seu principal canal de comunicação.
Há alguns meses, o reunião Alexandre Carvalho, fazendo turismo em PC, sugeriu ao governo que tomasse tal medida e foi duramente criticado, com comentários do tipo “não devemos explicações e nem transparência a nenhuma outra micronação”. Porém, agora a decisão foi bem recebida pela população.
De acordo com o Decreto Presidencial que tornou a lista aberta, daqui dois meses deverá ser feito um referendo para confirmar ou não a medida.
A lista aberta encerra um isolamento do país que durava meses, desde que a entrada de turistas foi impedida, com o fechamento das “fronteiras”. Este blog chegou a pedir visto de trabalho de imprensa, que foi negado.
A abertura da lista coincide com o início do processo eleitoral no país. Desde terça-feira está aberto o prazo para apresentação de candidaturas aos cargos de Presidente, Vice-Presidente e Senador. As inscrições vão até o próximo dia 8.
Porto Claro tem o mais antigo sistema democrático entre as lusófonas, escolhendo pelo voto os seus governantes de forma ininterrupta desde 1997. Desta vez, porém, o processo eleitoral começa com um atraso de 30 dias.
Sem dúvida a grave crise de atividade ocorrida a partir de julho colaborou com tal atraso. Agosto foi o terceiro pior mês em número de mensagens desde que PC passou a utilizar uma lista no YahooGrupos, em 2001.
Há sinais de melhora, contudo. Acompanhando a lista, foi possível ver que até o dia 29 de agosto (último sábado) haviam sido enviadas apenas 190 mensagens naquele mês. De lá para cá, já foram 117 mensagens, mostrando uma boa recuperação da atividade mensagística local.
O link para acompanhar a lista portoclarense está aqui.
04.09.09 às 23:34
Bastante interessante essa decisão de PC em decidir, finalmente, abrir a lista.
Na ocasião em sugeri a abertura, é por acreditar que a lista aberta é uma propaganda a mais para o país, e como bem frisou o Lusophonia, isto encerra o isolamento daquela micronação.