A necessidade da reforma educacional

01Abr08

O Observador – Ano III – Número 20 – 15 de Abril de 2006

A NECESSIDADE DA REFORMA EDUCACIONAL.
Filipe Sales

O plano de governo do premier Dom Charles Goldstein de Murta-Ribeiro e Dom Bosco que, infelizmente, ficou a frente do Palácio Magistral somente por uma semana, em razão da falta de assiduidade dos qualícatos do PacSo, trouxe à público uma das maiores necessidades atuais do Império, senão a maior delas: a necessidade de reforma do atual sistema educacional.

Atualmente baseado no paradigma educação amplamente utilizada, ainda que sem sucesso, por todas as micronações lusófonas desde a criação da primeira instituição de ensino deste grupo, em Porto Claro, este sistema, por sua vez, importado da macro-realidade, principalmente daquele adotado na República Federativa do Brasil, o sistema educacional micronacional está amparado numa realidade absolutamente alienígena ao micronacionalismo, que é aquela fundada numa relação entre mestre e aluno; entre ignorante e sábio. Esta realidade é justamente o oposto dos pilares do micronacionalismo, da vontade dos participantes deste hobby em participarem de algo em que sejam, igualmente, mestres e chefes, e não discípulos e subordinados. Esta é a razão fundamental pela qual o atual sistema educacional utilizado na lusofonia nunca chegou a ser bem sucedido, por maiores e mais bem preparadas que fossem as iniciativas empreendidas no sentido de fazê-lo funcionar.

A outra razão pela qual o atual sistema sempre restou falho se dá por conta do meio pelo qual o micronacionalismo acontece diariamente. A realização por meio de listas de mensagens, por meio de e-mails, inviabiliza qualquer tentativa de se dar uma “aula” no sentido que conhecemos como ensinamento de determinada matéria sobre determinado assunto. Isso porque, invariavelmente, a tentativa de ministrar aulas via listas de mensagens se tornam em óbvias exposições de conhecimento, de forma que são muito mais palestras do que qualquer outro tipo de difusão de conhecimento. Obviamente, então, os “alunos” não participam diretamente e não respondem “provas” sobre a suposta aula. As pessoas não fazem provas sobre palestras, e nem é indicado qualquer ponto favorável a aplicação de provas como medição de conhecimento adquirido; aliás, sequer seria possível apontar uma razão pelo qual se fizesse necessário medir o conhecimento deste supostos “alunos”. O atual sistema educacional, portanto, fracassou da forma mais implacável.

Mas, baseado em conversas e debates entre diversos pensadores, dos mais variados setores da política reuniã, o premier Dom Charles Goldstein de Murta-Ribeiro e Dom Bosco, ainda que tenha ficado apenas uma semana à direção do Governo, deixou um legado fundamental para os próximos meses: o primeiro projeto concreto visando reformar o atual sistema educacional para um sistema de produção intelectual e científica a partir da sociedade civil organizada.

A reforma do sistema educacional deve partir de duas premissas: a primeira é que deve estar baseada em uma forma de produzir obras, tanto na esfera filosófica, quanto científica, quando artística, que esteja amparada na associação destes pensadores ao redor de uma produção intelectual deste porte. A segunda é que esta associação deve se dar de forma espontânea, mas apoiada pelo Estado. O Estado, nunca, deve partir como realizar de obras intelectuais, porque estas, as genuínas, nascem através da obra espontânea, mas deve, sim, dar amparo, estrutura e posterior possibilidade de publicidade, destas obras. Neste ponto, nasce a divulgação cultural de uma nação, tanto internamente quanto externamente.

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