Os dois pesos da Lusofonia

01Abr08

O Observador – Ano III – Número 18 – 25 de Março de 2006

OS DOIS PESOS DA LUSOFONIA.
Filipe Sales

Recentemente, o portal Lusophonia, vinculado à Agência Reuniana de Notícias (ARN), publicou reportagem denunciando o cadastramento do canal de mIRC do Principado de Sofia pelo nacional porto-clarense Lucas Silva que, dando continuidade a situação de vácuo de poder de Sofia sobre o canal #sofia, que é propriedade pública daquele país, registrou o canal alegando que o estaria salvando das mãos de adversários, mesmo argumento utilizado pelo imperador reunião, Cláudio I, para registrar o domínio portoclaro.com, que sequer encontrava-se como patrimônio público porto-clarense.

A recente situação se trata de apenas mais um capítulo da história do canal #sofia, amplamente utilizado pela sociedade sofista no passado, e ainda patrimônio do Estado, ainda que esteja em mãos estrangeiras há vários meses, desde a saída do rei normando, Marcus I Motta, que, como antigo primeiro-ministro sofista, carregou consigo o registro do canal e se recusou a devolvê-lo ao seu país de origem.

O ocorrido seria apenas mais o caso simplório do micronacionalismo lusófono, até porque a sociedade sofista já não faz mais tanto uso do canal, não fosse o fato de que estes mesmos argumentos foram utilizados pela Organização das Micronações Unidas – OMU, para “embargar” o Sacro Império de Reunião. Curiosamente, a OMU tem em sua composição a República de Porto Claro (cujo cidadão permanece com o canal sofista), o Reino da Normandia (cujo monarca e chefe de Estado permaneceu com o canal sofista e os orangers durante meses) e o próprio Principado de Sofia

O cenário demonstra o tamanho da imaturidade política de alguns Estados lusófonos, na medida que falharam ao impor um embargo de motivos vazios, motivos estes que permanecem dentro de suas próprias sociedades em situações semelhantes, o que só demonstra a evidente ausência de propósitos construtivos da Organização das Micronações Unidas, cujo único projeto unânime até o momento foi o embargo ao Império, que não surtiu os efeitos desejados e ainda invocou sérias crises em parcela dos países-membros daquele organismo

O micronacionalismo precisa de menos Estados amorosos e caridosos e de mais Estados profissionais e em busca de atuação mais condizente com os próprios objetivos do micronacionalismo lusófono: simulação política de um Estado na Internet.

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