Classes Sociais no micronacionalismo?

01Abr08

Revista de Estudos em Micropatriologia – Ano 0 – Número 1

CLASSES SOCIAIS NO MICRONACIONALISMO?
Felipe Aron*

Artigo publicado no Pravda 50 e remodelado para a
Revista de Estudos em Micropatriologia.

Nos últimos tempos, a discussão sobre uma divisão entre tipos de cidadãos micronacionais, aqueles que são ativos, criativos e produzem oque os demais reproduzem, ora chamados de notáveis, ora de extraordinários; aqueles regulares que ocupam geralmente cargos medios, são encarregados de algum trabalho burocrático ou são os bons cidadãos que duram cerca de um ano e somem; ou então, os que não cooperam com nada, que pouco entendem a lógica micronacional. Segue nos próximos parágrafos, uma análise de algumas das principais teorias do assunto e nossa contribuição.

1 – Idéias Clássicas: Esquerda Portoclarense no Final da Década de 90

m agosto de 1999, quando Pedro Casagrande Baez (PMTU) assumiu a presidência da República de Porto Claro, em razão da renuncia de Fabiano Carnevale (PV), a esquerda portoclarense composta de PMTU, PC de PC, PT e UJS se uniu em um fórum comum para debater sobre uma teoria socialista micronacional. Um dos principais resultados publicados, trata-se de um artigo de autoria conjunta de Adriana Moura, Camarada Wilson e Ari Silva e que se tornou clássico para toda a esquerda micronacional. Neste artigo, os socialistas afirmam que uma sociedade micronacional – no caso, utilizaram Porto Claro como exemplo – possui uma moeda de troca, mas não uma moeda capitalista e sim, nos moldes de um escambo pré-capitalista, esta moeda, ao invés de objetos para troca, estaria na experiência. A experiência de cada um adquirida em trabalhos, projetos e interagida nos processos sociais de várias consciências políticas teóricas e práticas cria o status quo que divide a sociedade em classes. Quando os portoclarenses falam em produção e valor de troca, estão falando da influência, do poder de agregação, como poderemos conferir mais adiante. Eis as classes separadas pelos pioneiros de Porto Claro:

  1. Notáveis: Cidadãos ativos que produzem muito e com qualidade, o que faz, conseqüentemente, que estes mesmos cidadãos acumulem mais e melhores valores de troca. Em Porto Claro, usamos a mesma lei de mercado para a troca das mercadorias (maior produção e qualidade, maior retorno). Excetuando-se o fator preço (visto a inexistência do dinheiro), o que vemos é um acúmulo de valores de troca por parte desta classe.
  2. Notórios: Cidadãos que produzem regularmente materiais de qualidade duvidosa. Esta falta de qualidade faz com que o cidadão não consiga “trocar” seu produto, isolando-se da classe dos notáveis, porém sem perder “seu crédito”.
  3. Esporádicos: Cidadãos que produzem pouco e/ou com qualidade ruim. Seu produto quase sempre é rechaçado e “devolvido” às origens. Este cidadão não tem poder de “barganha” e naturalmente abre sua “falência”, pois seus valores de troca são insuficientes. Seus produtos se perdem antes de serem consumidos, ou seja, são excluídos antes de serem lidos.
  4. Inativos: Produzem de pouquíssimo a nada. Estes só são lembrados na “limpeza” do censo ou em época de eleição. Não produzem mercadorias (valores de troca) para o intercâmbio e geralmente “morrem de inanição”.

Para sua época, é uma teoria genial. Os socialistas, ainda em 1999, há quase sete anos atrás, já buscavam explicações para o fatode que alguns micronacionalistas agregavam, criavam projetos que tinham mais chances de dar certo, enquanto um outro tipo de cidadão, “não tem poder de “barganha” e naturalmente abre sua falência”.

Outra conclusão interessante está na seguinte passagem:

” A existência dessa “moeda” circulante, por si só, não determina a divisão da sociedade em classes sociais, mas quando a ela são adicionados fatores como ideologia e atitude, ambas pessoais, criamos as condições necessárias para que haja esta divisão. Esses três fatores são os responsáveis pelo surgimento do STATUS QUO, e esse status propicia a divisão da sociedade portoclarense em quatro classes sociais”.

O que significa dizer que os três fatores citados são responsáveis pelo surgimento do Status Quo?

Podemos interpretar que, se os notáveis têm o maior poder de influência, eles irão conduzir o país, sendo que os notórios vão meramente se juntar em torno de um notável – ou pode se lançar a tentar ser um notável, os esporádicos vão ser mais ainda dependentes do notável que o influencia e o inativo pouco ou nada significará para a sociedade. Desta forma, os notáveis, poderão entrar em disputas ferrenhas pela hegemonia, até que, talvez pela saida de alguns deles ou por acordo de interesses, estes notáveis venham a se unir e formar uma oligarquia. O conjunto dos notáveis é peça fundamental na formação deste processo e na criação de cada status quo da nação, mas… Quem são os notáveis sem pessoas para agregar? Por isso, todas as classes são importantes – exceto os inativos, para os processos sociais que propiciem uma manutenção e reprodução do status quo.

Estes primeiros passos dos então portoclarenses, que depois de uma guera civil entre os socialistas e a direita portoclarense, declararam a independência de alguns distritos, formando a República Participativa de Campos Bastos, com um sistema coletivista que tem influência direta na União Soviética, país em que se encontram muitos destes socialistas pioneiros.

2 – As Críticas de Edson Veloso no “Micronacionalismo de Fato”.

Em seu jornal, “Micronacionalismo de Fato” (edições 3 e 4), o socialista portoclarense contemporâneo, Edson Veloso, resolveu analisar as idéias clássicas e chegou em uma crítica pertinente: a falta de dialética entre as classes. Elas existem, produzem o status quo… E daí?

De fato, a dinâmica das classes ficou abstrata e um tanto vaga, não pressupondo uma dialética de fato, entre as classes. Desta maneira, abre espaço para o relativismo liberal, para a concepção pós-moderna, onde os pioneiros utilizam a palavra “ideológica” para detonar qualquer posição política, como se todas possuíssem o mesmo valor. Veloso então, avança para uma concepção dialética, no parágrafo que segue, tratarei de condensar a idéia exposta por Veloso da dialética micronacional:

Tomemos este processo de aquisição de experiência e divisão entre notáveis, notórios, esporádicos e inativos como Infra-Estrutura; tomemos também a organização do Estado, suas instituições e a política como Super-Estrutura. Edson Veloso propõe que exista uma relação dialética entre estas duas esferas. A criação e manutenção do Statuos Quo, então, estaria na Infra-Estrutura, porém, o conteúdo destes Status-Quo já deixa de ser abstrato, passa a ser a Super-Estrutura, que pode ter vários elementos, desde o virtualismo constante do Reino Teocentrista de Valquíria, ao forte mensagismo do Reino Unido dos Açores e assim por diante. Por outro lado, esta Super-Estrutura irá ser muito influente na maneira como os consequentes cidadãos irão adquirir experiência, como serão as classes, o que irá definir a organização política do Estado e assim, num ciclo dialético.

3 – O Ciclo Dialético Ganha Corpo: Os Paradigmas Micronacionais

República, monarquia; democracia, tirania; democracia direta, sistema representativo. Nenhum, absolutamente nenhum destes, significa um paradigma. Como foi brilhantemente observado por Edson Veloso, são meramente elementos de super-estrutura. Tampouco, o fato do país ter um monte de cidadãos gênios e polivalentes ou o fato do país ter um monte de novatos desorientados, significa um paradigma, mas elementos de infra-estrutura. Onde estão, então, os paradigmas? Estão exatamente no ponto dinâmico entre as duas estruturas, que, como são dependentes (os cidadãos não existem sem a micronação e estas não existem sem cidadãos), precisam de um elo, uma ligação que reproduza constantemente ambos, isto é, leve os cidadãos a fazerem as instituições funcionarem de forma a ter maior eficiencia para conseguir novos cidadãos ativos e se renovar constantemente. Isto é o paradigma, o fazer micronacionalismo.

Quando se fala em fazer micronacionalismo, vem à cabeça a idéia de atividade. Uma das maneiras mais eficientes de se conhecer rapidamente o paradigma dominante em alguma nação é perguntando aos cidadãos o que estes entendem por atividade produtiva, que é um conceito perfeito para separar aquilo que a tendência dominante da micronação entende por atividade útil que produz micronacionalismo de boa qualidade das inutilidades, dos projetos sem sentido e até de comportamentos prejudiciais. Em cima disto tudo, posso dizer que virtualismo, mensagismo, realismo, micronacionalismo ‘ursinhos carinhosos’ ou movido à base de intrigas, são alguns elementos dos paradigmas.

Em um encontro em 2003, lembro de ter ouvido um sofista dizer que achava que os pasárgados não eram micronacionalistas, estavam mais para uma ONG, porque não tinham mapa, não tinham exército e nem cidades! Se os pasárgados não tinham nenhum destes elementos, então, para este sofista, eles não faziam micronacionalismo. Da mesma forma, muitos pasárgados da época, consideravam que construir casinhas e ter dinheiro de mentira, estava muito mais para um jogo de banco imobiliário do que micronacionalismo, ou seja, não eram atividades produtivas. Isto denota claramente uma forte diferença no conceito de atividade produtiva e consequentemente, do fazer micronacional. Sofia poderia ser uma república ou Pasárgada um principado. Isto não mudaria em nada o quadro, seria apenas uma mudança na super-estrutura.

4 – O Paradigma Dominante e o Pasárgado…

Tomemos a micronação fictícia, “Ducado do Guarujá”, governada por Farid I. Digamos que seus cidadãos são extremamente wundicos (gíria para ‘mensagisticos desenfreados’) e enviam várias mensagens de uma linha cada, produzindo um chat em lista nacional, onde também existe todo o tipo de virtualismo, existem desde padeiros micronacionais até sequestradores que pedem helicopteros como resgate de fictícias vítimas. A chancelaria e todos os órgãos políticos vitais são dominados por dois ou três mais experientes e então, um belo dia, Farid I, insatisfeito que sua micronação não é muito levada a sério e cansado das voltas em torno do vazio de sua micronação, resolve então, baixar um decreto extinguindo todo o tipo de virtualismo. Será que houve alguma mudança no paradígma? Certamente que não. Os cidadãos não mudaram em nada, eles não vão saber como agir e talvez até saiam do reino e fundem uma nova micronação onde poderão continuar sendo virtualistas A desgraça do Farid I encontrará vários motivos:

  • a) A dualidade virtualismo/realismo não é “o paradigma” em si, mas apenas parte dele. Não adianta querer modificar o paradigma apenas modificando à força uma de suas facetas. Os cidadãos não modificaram seu conceito de atividade produtiva, simplesmente vão achar que o Duque é um burro que os proíbe de serem ativos.
  • b) Nenhuma mudança em elementos formadores do paradigma podem ocorrer “de cima para baixo”. É preciso que os cidadãos estejam convencidos da necessidade. É preciso que os mais aglutinadores estejam prontos para estas novas idéias e aglutinem os demais para a mudança.

Os itens “a” e “b” nos conduzem para uma questão:

Se virtualismo, mensagismo, etc. são partes de um paradigma, então qual é este paradigma?

Para Bruno Cava, o micronacionalista lusófono que mais vem aprofundando esta questão, há um paradigma dominante na lusofonia, criado em Porto Claro e Reunião em 1998-99, reproduzido em toda lusofonia e que chegou a ser superado por Pasárgada em 2002-04, em tentativa que acabou se esgotando e hoje sucumbe ao paradigma dominante. Este paradigma significa o conjunto de doutrinas para a manutenção da sociedade e, como a lusofonia possui o seu conjunto de Estados no mesmo universo, serve também para demonstrar atividade. Daí todo o imediatismo do paradigma, é preciso demonstrar que o país é o mais ativo, então, é preciso ter mais mensagens em lista que o vizinho, mais jornais, mais empresas, mesmo que todas elas desapareçam logo depois! É uma sucessão infinita de ‘agoras’ que são como espaços disputados à tapa para ver quem é o melhor, o virtualismo, em grande parte, surge para tapar buracos nesta luta incessante de aparências: não é preciso desenvolver nada nas relações sociais, à longo prazo, basta inventar vários elementos e fabricar uma identidade nacional, mesmo que não corresponda com a realidade.

A Comunidade Livre de Pasárgada, por outro lado, questionou todos estes elementos paradigmáticos, literalmente extirpando-os de sua sociedade pelo convencimento por parte dos notáveis e a adesão dos demais. Reproduziu-se uma sociedade diferenciada, marcada pela politização, onde passou a se entender o conjunto de cidadãos, não como meros personagens, mas como uma sociedade de pessoas de carne e osso com regras próprias e identificação de idéias no esplêndido sistema de Casas e Cantões. Entretanto, as inovações pasárgadas jamais se incorporaram ao paradigma dominante micronacional.

Pasárgada influenciava a lusofonia, fez com que muitas nações acabassem, por exemplo, dando maior importância para a política, ainda que na maioria das vezes, pensando somente em processos eleitorais mais animados. A lusofonia, porém, influenciou muito Pasárgada, a própria super-estrutura deste país, mesmo que com várias inovações, ainda era influenciada pelas limitações do paradigma dominante, gerando um sincretismo, uma disputa paradigmatica interna, onde um partido político, aquele do paradigma dominante da lusofonia, ganhasse o respeito e a admiração de toda a lusofonia para uma “heroica” missão: desmontar todas as inovações, em nome da democracia e da liberdade, questionando cada um dos pontos que Pasárgada conseguiu adquirir com muito esforço, as reivindicações da Casa Mundo Pasárgado, ou somente “CMP” foram sistemáticas: o “espaço para o virtualismo” durante o governo da CorPas, o “direito do mensagismo desenfreado” durante o governo AFP.

Hoje, Pasárgada se encontra corroída pelo partido do paradigma dominante. É um lugar de livre circulação de wundicos que bombardeiam a lista com mensagens-chat em alucinante ritmo de frenesi, além de o país não ser nem de longe uma referência como aquele que superou o virtualismo, mas sim, o país que se tornou apenas um na multidão. Com vários cidadãos, muita gente inteligente, mas apenas uma nação vagando despreocupada, sem nada à longo prazo, apenas vivendo o agora. Nem o próprio Bruno Cava aguentou ficar por lá.

5 – Voltando à Luta de Classes…

Tomo a liberdade de simplificar o esquema de classes. Ao invés de notáveis, notórios, esporádicos e inativos; pela falta de importância do inativo, vou exluí-lo e também, por não haver necessidade de aprofundar as diferenças entre notórios e esporádicos, uma vez que me refiro à utilização dos produtos do mesmo e não necessariamente a qualidade destes, unifico estas categorias. Desta forma, caio no mesmo esquema formado por Bruno Cava ao denominar uma divisão entre tipos de micronacionalistas de Extraordinários e Ordinários. Daqui pra frente, prefiro chamar pela denominação de Cava, pela falta de um nome para a unificação entre esporádicos e notórios. Que seja, vou abreviar como “EXT” e “ORD”.
Os EXT são aqueles que pensam o paradigma e seus elementos. Os ORD dançam conforme a música. Claro que não de forma tão mecânica, afinal, um micronacionalista pode ser ORD e com o passar do tempo e em seu próprio aprendizado e experiência, passar a ganhar qualidades que o qualifiquem como um EXT ou ainda regredir e passar a ser um ORD, como se trata de um conceito abstrato, não se trata de rotular cada micronacionalista como EXT ou ORD, mas entender que a própria prática de cada um pode conduzi-lo à cumprir um papel de EXT ou ORD em cada processo social.

Como bem observou Bruno Cava, os ORD são maioria e os EXT são escassos, não é impossível correrem o risco de extinção, causados por eles mesmos. Acontece que o paradigma dominante só é dominante porque os ORD, a maioria, são adeptos deste paradigma. Apenas uma atuação extraordinária pode questionar os valores do paradigma e assim, aglutinar ORD para um projeto diferenciado. A luta de classes é uma luta paradigmática, enquanto os ORD conhecem apenas o micronacionalismo corrente e preferem manter assim, sem pensar nas consequências futuras, os EXT tem a capacidade de revolucionar, mas assim, bater de frente com a consciência dos ORD.

Nenhuma destas classes é uniforme. Dentro dos EXT, existem aqueles que pretendem usar seu potencial revolucionário para questionar tudo o que não for necessário em termos paradigmáticos, seja o virtualismo, o mensagismo, o imediatismo; e ainda adaptar ao máximo a super-estrutura para a potencialização da produção genuinamente micronacional, do fortalecimento da identidade verdadeiramente micronacional que não pode ser inventada, mas somente surgir nas próprias relações sociais, o que maximiza a participação de cada um dos cidadãos e consequentemente, a sua experiência, propiciando que cada vez mais ORD tenham chance de serem EXT e melhores e mais conscientes micronacionalistas.
Ainda dentro dos EXT, existem, porém, aqueles que apenas querem se manter como lideranças estáveis entre os ORD. Daí, como estes ORD estão alinhados com o paradigma dominante, estes EXT, do alto de sua grande compreensão da lógica micronacional, não pretendem questionar o paradigma, mas adequar seu discurso e sua prática de forma que, consigam estar sempre em posições confortáveis, utilizando sua vantagem em uma sociedade onde “quem tem um olho é o rei”.

Por isto, estes EXT tem pavor daqueles que, em concepções extraordinárias, pretendem questionar o paradigma dominante que os sustenta o poder incontestável. Corre para tapar os olhos dos ORD que se aglomeram diante dele e ao sinal de qualquer possibilidade de ver os seus colocados em crise, partem para a ridicularização e reducionismo à la Bernardo de Alvarenga falando aos membros da CMP sobre o governo “do mal” da CorPas; os lideres havaneses escrevendo uma carta ridicularizando os pasárgados; Thedin chamando desesperadamente outros micronacionalistas de chatos ou prolixos e assim por diante. Estes EXT são traidores da classe, tem pavor de qualquer micronação que possa estar dando certo porque é aí que é mais propício o questionamento dos valores dominantes ou até a subversão destes. Estes EXT sempre defendem os ORD, mesmo em situações absurdas, defendem os ORD enquanto forem ORD. Defendem que exista uma classe cada vez maior de ORD, onde possam reinar absolutos.

Por definição, existem então, EXT revolucionários e EXT reacionários, aqueles que querem evoluir nossa prática micronacional e aqueles que pretendem manter o status quo permanentemente com ‘verdades absolutas’ e ‘consensos fabricados’. A luta revolucionária ocorre entre EXT e a consciência de senso comum dos ORD e o reacionarismo da conciliação de classes ocorre quando os EXT se unem aos ORD em coro contra os demais EXT.

6 – O Papel da União Soviética

O socialismo micronacional se postula como o modelo mais eficiente para o desenvolvimento de mais EXT, propiciando em seu coletivismo a maior participação popular, e em seu sistema estrutural, a manutenção de instituições e órgãos fortes, não momentâneos, com história e identidade onde o micronacionalista poderá ir desenvolvendo sua capacidade aos poucos, até explorar limites que outros países não podem atingir pela falta dr organização institucional ou oligarquização do regime. Em uma frase: buscamos fazer transformações à partir do paradigma pasárgado e do sistema campinense de forma a organizar paradigma e super-estrutura para a potencialização da infra-estrutura.

Cabe à União Soviética, fornecer auxílio à esquerda em âmbito intermicronacional, os revolucionários. Não os meros briguentos ou os que querem apenas se vestir de alcunha de socialistas, mas aos que procuram revolucionar paradigmamente. Não somos, ainda hoje, um modelo consolidado, mas já somos uma referência, a lusofonia nos observa e apenas nosso futuro, feito com muito esforço de todos poderá dizer se somos a esperança dos progressistas de toda o micronacionalismo lusófono, banhado nas crises cada vez mais fortes do paradigma dominante.

*Felipe Aron, soviético, é editor do periódico Pravda e micropatriólogo.

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