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O Socioculturalista #4, 24 de abril de 2007.<\/p>\n

L’ANCIEN R\u00c9GIME ET LA REVOLUTION – Carlos G\u00f3es
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Toutes les r\u00e9volutions civiles et politiques ont eu une patrie et s’y sont renferm\u00e9es. La r\u00e9volution fran\u00e7aise n’a pas eu de territoire propre; bien plus, son effet a \u00e9t\u00e9 d’effacer en quelque sorte de la carte toutes les anciennes fronti\u00e8res. On l’a vue rapprocher ou diviser les hommes en d\u00e9pit des lois, des traditions, des caract\u00e8res, de la langue, rendant parfois ennemis des compatriotes, et fr\u00e8res des \u00e9trangers; ou plut\u00f4t elle a form\u00e9, au-dessus de toutes les nationalit\u00e9s particuli\u00e8res, UNE PATRIE INTELLECTUELLE COMMUNE DONT LES HOMMES DE TOUTE LES NATIONS ONT PUT DEVENIR CITOYENS. (ALEXIS DE TOCQUEVILLE, L’Ancien R\u00e9gime et la R\u00e9volution. Paris: Les \u00c9ditions Gallimard, 1952. p. 40)<\/p><\/blockquote>\n

As ideologias s\u00e3o for\u00e7as sentimentais que equivalem-se \u00e0s identidades nacionais. S\u00e3o tamb\u00e9m la\u00e7os imaginados de identidade, mas que n\u00e3o se d\u00e3o em termos nacionais (ancestralidade\/destino comuns; s\u00edmbolos; cultura; dotrinas, etc.), mas sim em termos de opini\u00e3o pol\u00edtica. Como diz Tocqueville no destaque aqui em cima, as ideologias s\u00e3o “uma p\u00e1tria intelectual comum, da qual homens de todas as na\u00e7\u00f5es podem ser cidad\u00e3os”. Se, por vezes, uma na\u00e7\u00e3o\/Estado pode escolher uma ideologia\u00a0oficial\u00a0para si, a ideologia em si n\u00e3o respeita fronteiras. Embora s\u00f3 existisse uma Uni\u00e3o das Rep\u00fablicas Socialistas Sovi\u00e9ticas, os defensores do modelo sovi\u00e9tico estavam espalhados por todo o mundo.<\/p>\n

Ao contr\u00e1rio de algumas doutrinas, como o R\u00e9unian Way of Life, que reivindica Reuni\u00e3o como na\u00e7\u00e3o predestinada a ser a maior do mundo, o Socioculturalismo n\u00e3o tem preconceitos “de fronteira”. Assim como os ideais iluministas de que Tocqueville falava, o Socioculturalismo n\u00e3o coloca \u00e0 frente nenhuma na\u00e7\u00e3o predestinada a ser melhor que as outras. Naturalmente, v\u00e3o existir os projetos em que esta doutrina ser\u00e1 implementada. O mesmo come\u00e7ou a ser feito em Maur\u00edcio, mas foi dilacerado pelos Extraordin\u00e1rios Reacion\u00e1rios (ver O SOCIOCULTURALISTA 3), por meio de persegui\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e apego ao velho regime.<\/p>\n

Deste modo, apesar de n\u00f3s, doutrinadores, ao passo de sermos tamb\u00e9m micronacionalistas, tentarmos implementar um projeto de na\u00e7\u00e3o em miniatura inspirado pelo socioculturalismo, nada impede da influ\u00eancia de outras na\u00e7\u00f5es neste sentido. Naturalmente, este seria nosso deleite intelectual. \u00c9 por isso que n\u00e3o nos negamos a explicar minusciosamente o que \u00e9 o socioculturalismo e quais s\u00e3o suas base ideologicas. \u00c9 por isso que dizemos repetidamente que repudiamos, al\u00e9m de um verdadeiro projeto de na\u00e7\u00e3o em miniatura, um projeto micronacional deve ter um ambiente que proporcione aos seus membros a possibilidade de contribuir \u00e0 sociedade e \u00e0 autoevolu\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Isso n\u00e3o significa, entretanto, que o Socioculturalismo tenha a megalomania de ser a corrente dominante em todas as microna\u00e7\u00f5es. Ao contr\u00e1rio de na Revolu\u00e7\u00e3o Francesa, o velho regime (l’Ancien R\u00e9gime) pode subsistir juntamente ao novo. O velho modelo, t\u00e3o bem representado por Reuni\u00e3o e seu semi-virtualismo, seus acord\u00f5es de trocas de favores, sua a-meritocracia, sua a-democracia e seu polemicismo pode continuar a existir: h\u00e1 quem goste. \u00c9 bom que exista o velho modelo, at\u00e9 para base de compra\u00e7\u00e3o do novo.<\/p>\n

O novo regime, entretanto, pode produzir uma revolu\u00e7\u00e3o por esquecer o micronacionalismo e buscar o [micro-]nacionalismo. Assim como Voltaire n\u00e3o participaria, mas inspiraria a Revolu\u00e7\u00e3o, os Pioneiros Pas\u00e1rgados nos inspiraram! Espero que a Revolu\u00e7\u00e3o seja vindoura – e que modifique todas as bases do “micronacionalismo”, tornando real o verdadeiro nacionalismo em miniatura.<\/p>\n

Em Reuni\u00e3o, a Revolu\u00e7\u00e3o foi impedida pelos reacion\u00e1rios, dispostos a tudo para esmagar posi\u00e7\u00f5es pol\u00edticas diferentes das suas pr\u00f3prias. A Revolu\u00e7\u00e3o vir\u00e1, ainda que mude de endere\u00e7o.<\/p>\n<\/div>\n"}