O que é uma micronação?
Basicamente, micronações são comunidades de indivíduos com idéias semelhantes, organizados sob uma estrutura de país com população, governo, leis, símbolos nacionais e tudo o mais que define uma nação, só que não possuem soberania reconhecida pelos países reais (macronações ou estados-cânon). No nosso caso, uma micronação é uma simulação de país, com seus cidadãos, leis, história, empresas, governo, eleições, cultura, tradições, geografia e tudo o mais que há num país de verdade. Em comum entre as micronações "reais" (concretistas) e as "simuladas" (modelistas), está a natureza voluntária da cidadania e o fato de não terem soberania verdadeira sobre um território. Se quiser uma explicação mais completa, visite a Microland.

 

 

 

 

 

 

 

Como surgiram as micronações?
Talossa, surgida nos Estados Unidos, é tida como a primeira micronação nos moldes em que Campos Bastos existe. Surgiu em 1979, quando um menino declarou a independência de seu quarto e se proclamou rei de Talossa. A Internet não era pública nessa época, e os cidadãos se comunicavam por carta. A mais antiga micronação criada no Brasil é Porto Claro, fundada em 1992 por Pedro Aguiar, então com 10 anos, e seus amigos de escola no Rio de Janeiro. Porto Claro entrou na Internet em setembro de 1996, inaugurando o micronacionalismo lusófono. Campos Bastos se origina de uma secessão dessa micronação.

 

 

 

 

 

 

 

Por que participar de uma micronação?
O micronacionalismo é sobretudo um exercício de cidadania. Numa micronação, você vai conviver de forma intensa com outras pessoas em situações políticas e sociais semelhantes às que ocorrem na vida real. Entre outras coisas, é possível exercitar profissões como de advogado, diplomata, jornalista ou professor, seja por estudantes, interessados diletantes, profissionais verdadeiros ou simples curiosos em saber como elas funcionam. Ou entrar para a política e atuar como militante de partido, chegando até a participar do governo da nação. Ou fundar uma empresa e encarar o mercado, sem a preocupação de ter capital para colocar seus sonhos em prática. Ou simplesmente lidar com idéias parecidas ou opostas às suas, debatê-las e conviver com pessoas muito diferentes, como em qualquer sociedade.
Lembre-se apenas que as micronações são sobretudo políticas, portanto, se você não gosta nem um pouco do assunto, pode se desinteressar depressa.

 

 

 

 

 

Quanto tempo preciso dedicar para as micronações?
Depende de quanto você estiver disposto a participar. Para ser ativo, é preciso dedicar parte de seu tempo a este hobby, como a qualquer outro. O mínimo é ter um tempo reservado uma vez por semana para ler e responder, mantendo-se inteirado do dia-a-dia e mostrando sua opinião sobre os vários assuntos debatidos. Se você acessar menos que semanalmente, pode ter dificuldades em ser ativo e acabar perdendo sua cidadania.
Se você se resumir a acompanhar os e-mails da lista oficial e respondê-los, pode ser possível dedicar apenas meia hora a cada dois dias, ou umas duas horas por semana. Para conhecer melhor os cidadãos e se integrar, um pouco mais de tempo gasto on line à noite ou nos fins-de-semana será interessante para você. Conforme você participar mais, se envolvendo em projetos, trabalhando e criando empresas, assinando outras listas e participando das conversas no IRC e no ICQ, pode sentir necessidade de dedicar ainda mais tempo. Fica a critério de cada um.

 

 

 

 

 

Qual a diferença entre uma micronação e outra?
Cada uma das micronações tem as suas particularidades. Há micronações monárquicas e republicanas, parlamentaristas e ditatoriais. Algumas são mais voltadas para a amizade e a convivência entre seus cidadãos. Outras prezam mais a cidadania e a participação política. Uma é absolutista e centrada na mão de uma pessoa, o que não quer dizer que não seja possível participar e fazer o país crescer. Outra é partidária da democracia direta e tem o mínimo possível de interferência do governo na vida dos cidadãos. Uma boa coisa a fazer é visitar os sites de várias micronações antes de optar por uma delas, para ver com qual você se identifica mais, levando mais em conta a estrutura interna que a aparência. A página de diplomacia de Campos Bastos é um bom ponto de partida.

 

 

 

 

 

 

Qual é o sistema político das micronações?
Uma das graças do micronacionalismo é a possibilidade de criar qualquer tipo de sistema, até os que não existem na vida real, para ver se funcionam mesmo. E há de todo tipo. Até três anos atrás, praticamente não existiam repúblicas entre as micronações que falam português; hoje elas são cerca de metade do total. Há principados, reinos, impérios, diarquias (dois reis), tanto absolutistas quanto parlamentaristas; repúblicas presidencialistas, parlamentaristas e totalitárias; e até sistemas originais, como o parlamentarismo modificado (sociocrático) de Avalon, o anarquismo da extinta Comunidade Cecília e o coletivismo de Campos Bastos, onde todas as decisões são tomadas pelos cidadãos na lista aberta.

 

 

 

 

 

 

 

Como são as regras para participar de uma micronação?
Em primeiro lugar, é preciso de espírito de participação. Em segundo, estar disposto sempre a apresentar suas opiniões e debatê-las, ao mesmo tempo em que ouve com respeito as opiniões diferentes da sua e as rebate, se achar necessário. Você deve conhecer as leis da micronação, especialmente a Constituição e a Lei Penal, e tomar todo o cuidado para não desrespeitá-las. Para que você seja considerado ativo pelos outros, deve participar diretamente dos meios de comunicação oficiais, e para trocar idéias com os outros cidadãos pode usar qualquer outro meio que deseje, de e-mail a telefone e até encontros pessoais. O resto fica por conta da sua criatividade.

 

 

 

 

 

 

Entrei em outra micronação, mas agora conheci Campos Bastos e quero ser cidadão dela. Posso fazer isso?
Somente se você sair primeiro de sua micronação original. A maioria das micronações, entre elas Campos Bastos, proíbem seus cidadãos de pertencer a algum outro micropaís e trocam informações para que isso não aconteça. Você pode ter outra cidadania real, mas não outra cidadania em micronação. Isso tem um motivo: como as micronações têm poucas pessoas, é muito fácil assumir posições de importância, e alguém que ocupe cargos em dois lugares ao mesmo tempo pode agir contra o interesse de uma das duas. É aquela história: ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Se quiser conhecer antes de optar, você pode passar um tempo como turista em Campos Bastos: basta preencher o formulário.

 

 

 

 

 

 

Quero inventar mais um personagem na minha micronação. Eu posso?
Imagine, na vida real, alguém que tira duas identidades, dois títulos de eleitor, dois CPFs, mesmo que com nomes diferentes. Pode ser divertido ter duas personalidades, mas é crime, porque a pessoa pode votar duas vezes, dar um golpe com uma identidade e passar a viver com a outra... É exatamente isso que significa ter mais de um personagem em uma micronação, crime conhecido no micronacionalismo como "paplismo" - de "paple" (diz-se pêipow), que significa originalmente "boneco de papel", depois designando os personagens fictícios controlados por um cidadão micronacional que tem outra identidade. Não se renda à tentação de criar personagens: isso é considerado um crime grave e você pode ser até expulso do micronacionalismo.

 

 

 

 

 

 

 
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