Como surgiu Campos Bastos?
Campos Bastos surgiu da união de três distritos que se declararam independentes da República de Porto Claro: Campos Bastos, Nouvelle Rouen e Pirraines. Os cidadãos desses distritos se rebelaram contra as atrocidades cometidas pelo governo republicano portoclarense da época e, ao invés de fugir, preferiram marcar sua identificação com a cultura local e sua recusa em aceitar a legitimidade dos ditadores declarando independência.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por que Campos Bastos se declarou independente de Porto Claro?
O governo republicano de Porto Claro, que havia sido a mais importante democracia micronacional, tornara-se inabitável, governado por uma ditadura que perseguia os cidadãos que discordavam de suas idéias, especialmente os de esquerda, concentrados nos distritos do sul. O Poder Judiciário, que tentava resolver a situação imparcialmente, vinha sendo impiedosamente violentado em sua independência pelo Executivo. Tudo isso havia levado a uma guerra civil que já ocasionara a fuga de quase 40% dos cidadãos do país.
Dentro desse quadro insustentável, e depois de esgotados todos os recursos para resolver a crise internamente, a Suprema Corte de Justiça recorreu à Organização Latino-Americana de Micronações (OLAM) como última e desesperada tentativa de fazer o país retornar ao rumo democrático. A OLAM decidiu por enviar uma equipe de observadores à República de Porto Claro, mas o governo ditatorial recusou sua entrada e recrudesceu a perseguição aos opositores, suspendendo-os sem acusação formal nem direito a defesa, no melhor estilo ditadura militar. Diante disso, o governador de Campos Bastos, Wilson Oliveira, com o apoio de 90% dos cidadãos, apelou ao recurso extremo: declarou a independência do distrito. Seu exemplo foi seguido nos dias seguintes pelos outros distritos de maioria oposicionista, Nouvelle Rouen e Pirraines, que três semanas mais tarde se uniram sob o nome de República Participativa de Campos Bastos.

 

 

 

Se Campos Bastos surgiu do governo republicano de Porto Claro, por que reconhece o regime monárquico como legítimo?
Campos Bastos é uma micronação que preza pela busca da paz. Depois de muitas tentativas infrutíferas de diálogo com o governo republicano, os campinenses constataram que o governo monárquico, intitulado Reino (hoje Estado) de Porto Claro, havia tomado a dianteira na disputa territorial entre as duas e estava disposto a conversar com os "rebeldes do sul", como Campos Bastos era conhecida. Assim, em outubro de 1999, assinamos um tratado de paz e amizade com Porto Claro, pela qual reconhecemos a soberania do governo monárquico sobre o território do norte da Pointe Béhague. Isso não significa descartar um futuro diálogo com os republicanos portoclarenses, que reconhecemos na condição de beligerantes, para uma solução definitiva para a paz micronacional na região.

 

 

 

 

 

 

Por que Lorena Branca é a capital de Campos Bastos?
Lorena Branca, capital do distrito de Pirraines, foi escolhida capital oficial de Campos Bastos em um plebiscito, em maio de 2001. A escolha se baseou na história da cidade, um reduto progressista desde seus primeiros tempos, e nas tradições legadas por Pirraines à cultura campinense, numa época em que essa era a única cidade desenvolvida no distrito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para que servem os distritos e cidades?
Cada um dos distritos e cidades tem uma característica própria, com a qual você pode se identificar e encontrar pessoas de pensamento parecido. Os distritos têm autonomia administrativa e são governados, quando atingem um número determinado de cidadãos, por Conselhos Populares, formados por todos os moradores interessados, que decidem sobre as leis e a vida nos locais. As cidades funcionam apenas como referência cultural. Um ecologista pode ficar mais à vontade nas florestas de Lorena Branca ou Prestesgrado, enquanto um eremita pode preferir Parajubá ou a mística Cidade-de-Fábio, e um artista encontrar seus iguais no ambiente cultural de Oceanópolis ou Tisserânia.

 

 

 

 

 

 

Por que Campos Bastos adota três línguas, se quase todos os cidadãos são brasileiros?
Desde os primeiros tempos de Porto Claro, micropaís que originou Campos Bastos, é tradição considerar-se o português, o inglês e o francês como línguas oficiais. Isso se deve à situação geográfica, na divisa entre a Guiana Francesa e o Brasil, e ao fato de, por muito tempo, a maioria dos cidadãos portoclarenses terem sido de língua inglesa. Mas a língua dominante, usada em praticamente toda a comunicação nacional, é o português. Na Bervânia, o holandês é também considerado oficial.

 

 

 

 

 

 

 

 

Para que Campos Bastos me pede tantos dados quando eu penso em entrar no país?
Nenhum dos dados pedidos é à toa. Eles têm a função de identificar o novo cidadão, permitir conhecê-lo melhor e orientá-lo em seus primeiros tempos no país, saber o que ele espera da micronação e até mesmo evitar crimes contra o micronacionalismo, com o paplismo (ter mais de um personagem ao mesmo tempo no país) e a dupla cidadania (estar em mais de uma micronação ao mesmo tempo). Ao preencher o formulário, é importante informar corretamente o maior número de dados possível, incluindo os não-obrigatórios. Eles serão importantes em caso de dúvida sobre a concessão da cidadania. O não-preenchimento ou preencimento errado de informações obrigatórias significa a recusa da entrada em Campos Bastos.

 

 

 

 

 

 

Campos Bastos afirma ter uma democracia diferente, mais ampla. Como ela funciona?
Campos Bastos adota um sistema de governo próprio, chamado de República Coletivista. Nesse sistema, o Executivo é exercido não por uma pessoa, mas por um conselho chamado de Conselho Supremo, e a função legislativa, ou seja, de aprovar leis, regulamentos ou políticas, é tomada não por representantes eleitos, mas por todos os cidadãos, reunidos na Assembléia Popular, que é a lista nacional. Até mesmo as questões diplomáticas, que na maioria das micronações dependem apenas de decisão da Chancelaria, devem passar pelo crivo popular. Qualquer um pode apresentar projetos, sugerir emendas ou dar palpite nas relações com outra micronação, com o mesmo poder que os representantes do Conselho Supremo. Os cidadãos, além de elegerem os cinco membros do Executivo, também escolhem os juízes que compõem a Corte de Justiça em votação e podem participar das Cortes Arbitrais em questões não-penais ou em caso de crimes leves. O Judiciário, no entanto, ainda não foi implementado.

 

 

 

 

 

Como Campos Bastos se relaciona com outras micronações?
É muito comum que as micronações mantenham contatos entre si. A diplomacia de Campos Bastos tem entre seus ideais a paz, a democracia, a soberania nacional e o respeito aos direitos humanos e do cidadão, tudo isso respeitando as normas do Direito Internacional Público. Por conta disso, a Chancelaria campinense tem por dever buscar relações amistosas com todas as micronações soberanas, privilegiando as que respeitam os princípios democráticos e as que têm tradições em comum ou histórias próximas. Também faz parte dessa política tentar, de todas as maneiras, saídas negociadas e pacíficas para os conflitos e rejeitar todas as formas de intervencionismo e atuação contra a soberania das micronações. Outra prioridade da diplomacia campinense é a participação em organizações intermicronacionais e o respeito a suas decisões.

 

 

 

 

 

 

 
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